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Entendendo os limites entre pessoa física e jurídica
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Entendendo os limites entre pessoa física e jurídica

Por Juliana Ferraz

Com a minha experiência profissional e pessoal, cheguei a uma conclusão muito verdadeira para mim: não existe pessoa jurídica sem pessoa física

No meu universo, o CPF é tão importante quanto o CNPJ. Cheguei a essa conclusão quando fui questionada pela primeira vez sobre o que caracteriza uma boa diretora comercial. A resposta me veio imediatamente: uma boa profissional da área, ou qualquer pessoa que trabalhe com vendas ou com captação de clientes precisa, antes de tudo, entender que vida é relacionamento, e que somos seres que funcionam como uma rede, que se conectam, se relacionam e criam conexões. A nossa conexão não é com a marca/empresa em si, mas sim com as pessoas que a formam. 

Entendendo a nova relação com o trabalho

Os novos formatos de trabalho trouxeram flexibilizações maiores para os funcionários de grandes e pequenas empresas, deixando de lado o antigo olhar "glamourizado" sobre o workaholic, aquele perfil de profissional que não consegue tirar um tempo para viver.

Essa mudança também aproximou mais ainda a pessoa física da pessoa jurídica, pois saber conciliar o tempo de descanso e o tempo de trabalho também acaba deixando nossas "duas vidas" mais próximas do que nunca. Além disso, com a aceleração e disseminação das redes sociais, nos tornamos mais visíveis para o olhar do outro, compartilhando fotos e informações nos nossos perfis pessoais. Essa diminuição da privacidade também nos forçou a perceber que no fim, somos uma pessoa só - pessoa física e jurídica

Se trabalhamos com marketing, comunicação, saúde, academia, enfim, na área que for, precisamos ter clientes. O mercado digital trouxe novos formatos de monetização para várias áreas, como as parcerias de conteúdo pagas, os banners em sites, as compras online como um todo e muitos outros. Mesmo que estes formatos sejam democráticos, também são bastante competitivos, o que acaba pedindo a todos os profissionais (independente da sua área) estejam atentos e desenvolvam essa "veia comercial".

Por isso, hoje mais do que nunca acredito que a única profissão que existe no mundo é a de vendedor, mas para ser um bom vendedor precisamos de conexões reais. Precisamos de fato vender, e acima de tudo, provar para o outro que o nosso serviço é melhor do que o do nosso concorrente.

Ampliando as suas conexões

Essa conexão real necessária na troca do bom vendedor, independente do seu negócio, é hoje conhecida como networking. Quando estamos falando com clientes, um networking bem feito acaba transparecendo uma relação pessoal, mesmo se tratando de uma conversa com intuito profissional - o que carimba mais ainda que no final das contas a conexão e mistura entre pessoa física e pessoa jurídica.

Eu, desde sempre, fui ajudada e ajudei outras pessoas. Sempre olhei empresas e marcas considerando cada pessoa que trabalha por trás desses CNPJs. Em todos os segmentos, sempre lidei com pessoas. Gente de todos os tipos, costumes, vontades, ideologias, religiões e preferências. Sempre com muito respeito. Sempre com a intenção de criar relações verdadeiras e, se possível, gerar negócios.

Enquanto estamos todos desenvolvendo essa habilidade importante de aprimorar o nosso lado comercial para sustentar nossas atividades principais em um tempo tão competitivo, precisamos enxergar as pessoas por trás das empresas. É clichê dizer que as empresas são feitas por pessoas, mas essa é definitivamente a realidade. Por trás dos grandes negócios e das culturas organizacionais, somos todas pessoas físicas.

Por fim, te convido a refletir:

Quando eu percebi isso, meu jeito de ouvir e falar com os outros em uma relação comercial mudou, e os negócios começaram a rodar. 

Espero que essa reflexão traga o mesmo para você :)

 

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