Conexão emocional em tempos de crise
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Conexão emocional em tempos de crise

A pandemia trouxe à tona um sentimento que nunca foi tão relevante assim: a carência. Apelidada de “carentena”, até mesmo os mais auto suficientes estão sentindo falta de interação e conexão emocional. Uma pesquisa da Mutato aponta que por estarmos todos sofrendo com as consequências da pandemia simultâneamente, a necessidade de conexão humana é algo que todos podemos nos relacionar, o que não gera tanto conflito entre as pessoas.

 

Como efeito colateral, estamos buscando novas maneiras de nos relacionar. Percebemos o quanto certas pessoas são importantes nas nossas vidas e o quanto elas fazem falta - tanto que o termo mais pesquisado sobre o assunto é “quando acaba a quarentena”, que reflete a vontade e necessidade que as pessoas estão sentindo em sair da quarentena e retomar seus relacionamentos ao vivo. Enquanto isso, o Tinder bate recorde de deslizadas em um único dia: foram 3 bilhões de swipes dentro do aplicativo! O Bumble já inseriu a funcionalidade de conversas por vídeo, viabilizando os famosos dates online, enquanto o Zoom, plataforma de videochamadas, cresceu 19 vezes na quarentena em comparação aos números de dezembro - de 10 milhões, a ferramenta passou para 200 milhões de usuários ativos.

 

Mas além de estar criando novas conexões, a quarentena também está criando tensão entre outras já existentes. A convivência intensa e o isolamento social também contribuíram para o aumento do número de divórcios e términos de relacionamentos dos casais que estão isolados juntos. No Rio de Janeiro, isso também contribuiu para o aumento e piora nos números de violência doméstica, havendo uma alta de 50% nos registros e 40% nas chamadas ao 180. Já para os solteiros, os que não estão deslizando nos aplicativos de relacionamento e flertando para mascarar o tédio, estão aproveitando o momento para uma conexão pessoal, fazendo-os perceber que na verdade estão confortáveis com seus status.

 

Por fim, outro impacto da quarentena no nosso comportamento e conexões - emocionais e pessoais - tem sido na sensação de liberdade que muitas mulheres têm vivido. Estamos há meses sem produções elaboradas, sem fazer a sobrancelha, sem a obrigação de lavar o cabelo e sem a pressão de estarmos arrumadas o tempo inteiro. Pesquisas mostram até que a redução no consumo de produtos de beleza chegou a 25% - o que é uma boa economia!

 

Em conclusão, está comprovado que precisamos de amor e de conexões para viver. Compartilhar emoções e sentimentos, receber e dar atenção e o contato físico são necessários para o ser humano. O isolamento tirou todo mundo da zona de conforto e, enquanto essa pandemia durar, o que nos resta é nos adaptar como podemos e fazer o melhor da internet, que se tornou nossa principal ferramenta de conexão.

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