O Burnout não pode virar tendência: aprenda como implementar o incentivo à saúde mental
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O Burnout não pode virar tendência: aprenda como implementar o incentivo à saúde mental

Com o mercado de trabalho cada dia mais competitivo, o excesso de informações e a correria do dia a dia, o estresse se tornou comum. Mas quando esse sintoma aparece em excesso é hora de ligar o sinal vermelho. O Burnout não é um termo novo, mas nunca esteve tão atual. 


No ano passado, quando foi incluída pela OMS como uma doença de trabalho, já haviam sinais suficientes de que as empresas tinham um papel extremamente importante no cuidado da saúde mental de seus colaboradores. Com a pandemia, o isolamento social, os medos e aflições que qualquer ser humano está vivendo nos dias de hoje, tudo isso foi ainda mais agravado. 

Se estamos sempre trabalhando, quando deixamos de trabalhar? 

“Na última década, entramos em uma complexa sobreposição de vida pessoal com vida profissional. Uma nova cultura e jeito de trabalhar que gerou benefícios para empresas e pessoas. Parece maravilhoso, mas até que ponto?”. 

A cultura de massa repete exaustivamente o mantra de que 'quando você trabalha com o que ama, nem sentirá que está trabalhando’. Mas isso pode ser uma armadilha, já que, assim, estamos sempre trabalhando. E se estamos sempre trabalhando, talvez nunca deixemos de trabalhar.

Inúmeros fatores contribuem para o aumento de casos de burnout nos dias de hoje. O principal gatilho é a desconexão entre organizações e pessoas, e é por isso que mais do que nunca as empresas precisam se tornar responsáveis por uma cultura de cuidado e atenção.


Saúde mental deve se tornar meta

De acordo com a Isma-BR, representante local da International Stress Management Association, nove em cada dez brasileiros no mercado apresentam sintomas de ansiedade, do grau mais leve ao incapacitante. Enquanto isso, apenas 18% das empresas têm algum tipo de iniciativa para garantir a saúde mental de seus colaboradores.

Em uma pesquisa realizada pela consultoria Mercer Marsh Benefícios em 2019, 46% das companhias oferecia alguma iniciativa focada no bem-estar emocional dos empregados. Participaram do estudo 611 empresas que empregam, ao todo, mais de um milhão de pessoas. Entre as ações mais oferecidas estavam massagens (53%), programas de assistência ao empregado (49%), salas de descompressão (28%), meditação (17%) e atendimento psicológico no ambiente de trabalho (16%).

As empresas finalmente entenderam que devem contribuir para prevenir o adoecimento dos seus funcionários. Algumas ações práticas podem ajudar a promover a saúde mental dos funcionários: acompanhamento psicológico na empresa, boas práticas de liderança, campanhas internas de conscientização e incentivo de exercícios físicos, meditação e yoga. Um desses exemplos é o apoio pass oferecido há quatro anos pela Sodexo Brasil. Trata-se de uma linha telefônica para a qual empregados e familiares diretos podem ligar para obter aconselhamento psicológico, financeiro e jurídico. 


Por isso, organizações precisam investir em segurança psicológica como prioridade: 

  • Promover o autoconhecimento: as campanhas internas são uma ótima forma de abordar o assunto coletivamente e sem precisar de uma data específica.
  • Manter uma diálogo empático: os líderes precisam estar preparados para saber ouvir e lidar com os seus funcionários de forma profissional e compreensiva.
  • Criar uma cultura voltada para autonomia e confiança: é fundamental que as empresas saibam transmitir segurança aos funcionários que estão num momento delicado.
  • Incentivar exercícios físicos: durante o expediente, sua empresa pode oferecer atividades que contribuem para o alívio da ansiedade e estresse, como meditação e alongamentos. 


Quando empresas participam do desenvolvimento pessoal dos colaboradores, por meio do investimento em cursos ou na prática de treinamentos internos, aí que potencializamos ainda mais o resultado. O time torna-se mais engajado e alinhado com o propósito da empresa, com relações mais saudáveis e com trocas mais empáticas.

Deve-se adequar o ambiente e a cultura da organização para que as pessoas trabalhem, mas que priorizem também, sua saúde mental. Afinal, de que serve a produtividade, quando as pessoas fritam no meio do caminho? 

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