Imagine o cenário: você começa uma transição de carreira, chega à uma entrevista e descobre que é a famosa dinâmica de grupo. Rola aquele desconforto natural, afinal, o processo de ser avaliado já é estressante, ainda mais quando se está sob análise de recrutadores e concorrentes.
Em outra situação, você resolve vender o seu serviço e, logo de cara, o primeiro cliente te enche de perguntas desconfortáveis, tais como: “quantos anos você tem?”, “qual a sua experiência?”, “já atendeu muita gente?” ou “você tem um supervisor com quem eu possa falar?”. Nessas horas, o estresse aumenta e o nível de ansiedade vai lá em cima, não é mesmo? Esse estresse acaba impedindo uma linha de raciocínio clara para que você analise a situação de forma racional.
Se identificou? Já passou por algo semelhante? Então bora falar sobre um tema que você provavelmente já ouviu muito falar: inteligência emocional. Mas, Thaís, o que é inteligência emocional? Tem a ver com maturidade?
Separei em 4 dicas rápidas para entendermos melhor nosso próprio comportamento.
Para começarmos a falar de ações e emoções, entenda: não controlamos o que sentimos, e sim o que fazemos com os sentimentos que surgem. A inteligência emocional começa quando conseguimos entender que nossas emoções podem gerar ações que não agradam. Aceitar nosso processo emocional é o primeiro passo que nos aproxima da inteligência. Pergunte-se: como o que eu sinto atua dentro de mim? O que fazer com isso? Quanto maior nossa consciência, melhor nossa tomada de decisão.
O coeficiente de inteligência não é fator decisivo no sucesso profissional, e muito menos inteligência emocional. Não ia bem na escola? Já pegou recuperação? Zero problemas! O QI reflete em apenas 20% do sucesso profissional - sim, pasme. Aquele seu amigo mega inteligente não necessariamente terá uma carreira de sucesso.
O bom profissional é aquele que consegue administrar suas ações, e lidar com diferentes perfis comportamentais que o cercam, entre outras situações que alteram as emoções do ambiente ou dinâmica de poder, por exemplo.
Mapear quem somos é o primeiro passo para entender nosso comportamento e desenhar nossas ações. Sou introvertida? Extrovertida? Antes de qualquer coisa, faça uma lista das suas características e se conheça melhor. Não sabe como? Pergunte aos amigos ao seu redor 5 habilidades ou dons que eles veem em você.
Comece pensando assim: quais emoções você gostaria de ter acesso e para que? Cada estado emocional carrega junto dele uma bagagem de recursos que podem te ajudar em determinada situação. Comece a trabalhar a auto observação através da escrita. O que te deixa triste, sem energia? Mapeie as lembranças, as posturas e comportamentos, assim como a gratidão e alegria, ou até mesmo a raiva. Quando ressignificamos um comportamento, também acabamos ressignificando as memórias a qual ele nos remete.
Por último, lembre-se: para compreender o que sentimos, precisamos entender de onde esse sentimento vem. Quando o entendemos, podemos direcioná-lo para uma melhor intenção, mudando o rumo do comportamento que pode inicialmente estar nos prejudicando. Compreender, jamais brecar. É impossível não sentir, porém podemos agir de maneira diferente se entendemos de onde vem cada intenção, aí planejamos uma ação de mudança em nossos comportamentos.