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Os 4 passos para começar a administrar as suas finanças
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Os 4 passos para começar a administrar as suas finanças

Se você deseja começar a investir mas não tem a menor ideia de por onde começar - e a gente sabe o quão complexo pode parecer -, separe o papel, a caneta e anote as dicas da Jacqueline, do @adapt.financas:

Por onde começar?

O primeiro passo é entender o que está acontecendo na sua vida financeira. Várias pessoas sentem angústia ao olhar para seus próprios números e, justamente por não entendê-los, não chegam nem mesmo a tentar compreendê-los, e seguem achando que tudo isso é muito complexo.

A procrastinação é prejudicial quando o assunto é dinheiro. A maioria das pessoas não aprende na escola sobre finanças e ainda existe um tabu de que este é um campo exclusivo de “quem tem dinheiro”, reservado aos homens de gravata que entendem muito sobre matemática. Mas a realidade não é bem assim - superestimamos o que devemos saber e quanto temos que ter para poder começar. 

Os quatro passos

Primeiro passo: Saiba quanto você ganha e quanto você gasta. 
Em alguns casos, como autônomas e empreendedoras, pode ser mais complicado obter essas informações com clareza, já que a possível instabilidade dos ganhos e a falta de dados pode dificultar. Sendo assim, um hábito essencial para todos, mas principalmente para as categorias citadas, é registrar suas movimentações financeiras. 

O registro das suas informações financeiras te ajudará a enxergar com mais clareza o que acontece com seu dinheiro, como ele entra e como ele sai. Nosso foco e capacidade racional são limitados, por isso é necessário usar artifícios externos para estes casos. 

Você utilizar alguns aplicativos para te ajudar a criar esse hábito, como Mobills, Spendee, Wallet, Organizze e Finance. Outra possibilidade é usar as ferramentas que já tem como Bloco de notas, Whatsapp e caderno. Além disso, uma dica é colocar um despertador diário para te lembrar de anotar os gastos do dia

Segundo passo: Analise seus registros. 
Se você já tem uma ideia de quanto ganha e quanto gasta, você já pode fazer este passo, mas lembrando que ideal é não pular o primeiro passo. Aqui, você deverá analisar seus ganhos e seus gastos, com o propósito de verificar se está levando uma vida compatível com a sua realidade financeira. 

Para fazer essa análise, some tudo o que ganhou nos últimos meses e divida pelo número de meses. Verifique se existe muita variação e busque entender o motivo de quando elas ocorrem. 

Terceiro passo: Classifique seus gastos. 
O objetivo dessa etapa é entender o que é essencial e não essencial na sua vida. Esse passo funciona como uma autoanálise, pois cada um sabe - ou precisa saber - o que é necessário ou não para viver com dignidade dentro da sua realidade. Então, em uma tentativa de simplificar os complicados “custo fixo” e “custo variável”, vamos adotar a seguinte classificação:

Essenciais: Gastos que não podem ser totalmente excluídos em caso de uma queda na sua renda. Moradia, alimentação básica, medicamentos e compromissos financeiros que não podem ser cancelados entram neste tópico. Essa categoria é muito importante para entender o mínimo de renda que você precisa gerar para ter o básico que você precisa. 

Estilo de vida: Gastos com itens que podem ser cortados com certa facilidade, luxos, diversão, alimentação fancy e itens que podem ser substituídos por itens mais baratos. 

Nesse passo, você deverá fazer um exercício extremo e se policiar para ser sincera com você mesma e, se necessário, criar cenários na sua mente para entender o que seria essencial em determinadas situações. Para esse processo, as dicas são o documentário Minimalism (disponível na Netflix) e livro Essencialismo, de Greg Mckeown. 

Quarto passo: Crie um orçamento. 
Assim como grandes empresas e o governo, devemos saber nossos limites financeiros. Existem várias regrinhas prontas que nos oferecem uma boa ideia de como seria uma divisão “ideal” de orçamento e uma das mais utilizadas é o método 50-30-20 (50% da sua receita para o essencial, 30% para estilo de vida e 20% para investimentos).

Crie limites máximos para seus gastos que caibam dentro destes percentuais, tente revisar suas contas e negociar descontos. O ideal é sempre usar o bom senso ao se perguntar: meus gastos estão compatíveis com meus ganhos? Se não estão, como posso mudar isso? A resposta é: aumentando seus ganhos ou reduzindo seus gastos. 

Um ponto de atenção é que o modelo 50-30-20 pode variar muito conforme a fase da vida. Por exemplo: Se você ainda mora com os pais ou não tem responsabilidades com a sua moradia como pagar aluguel, contas de água e luz, então seu essencial deve ser menor que 50% e dessa forma você pode avaliar para onde irá destinar o que sobrar. 

Outro exemplo é se você perceber que o seu essencial é maior que 50% e você já reduziu tudo que poderia reduzir, busque tirar uma parte do estilo de vida e destinar para o essencial, e apenas em casos muito específicos reduza os investimentos. Neste caso, uma sugestão é buscar formas de aumentar sua renda.

Saber administrar o seu próprio dinheiro é essencial para começar a investir. Gostou das dicas da Jacqueline? Comente abaixo e fique ligada nos próximos posts sobre finanças aqui no blog!

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