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PUSH - Where To Start: 4 Mulheres Empreendedoras Contam Como Começaram Seus Negócios
Where To Start: 4 Mulheres Empreendedoras Contam Como Começaram Seus Negócios
foto: (Reprodução/Google)
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Where To Start: 4 Mulheres Empreendedoras Contam Como Começaram Seus Negócios

Começar o próprio negócio aparenta ser um bicho de sete cabeças, não é? Tantos estudos, pesquisas e planejamentos podem fazer o processo de criação de um projeto ou de uma marca parecer muito mais complicado do que realmente é - e nós entendemos perfeitamente o medo que dá ao começar do zero sem saber se vai dar certo. Mas isso não pode te parar, afinal, você nunca vai descobrir se não tentar! Sem contar que, por aqui, incentivo é o que não falta! E dessa vez, reunimos depoimentos de 4 mulheres para lá de inspiradoras para mostrar que diferentes formas de começar a percorrer o caminho do empreendedorismo podem chegar ao mesmo destino: o sucesso! Vem descobrir a história delas:

"Cresci com a influência da minha família que sempre trabalhou no ramo calçadista. Ao longo dos anos fui tendo interesse por arte como um todo; moda, fotografia, design e etc. Entrei na faculdade de moda e queria muito começar a ter minha independência financeira fazendo algo que eu realmente gostava. Na época, escrevi todas as possibilidades que eu tinha em um caderninho e, no final, vi que dava para unir o conhecimento que eu já tinha sobre calçados com as outras coisas que eu gostava e criar o meu próprio negócio. Sempre tive essa “veia” empreendedora - tanto que no ensino médio eu vendia cupcakes no colégio. E foi assim que eu juntei o dinheiro que investi inicialmente na Yellow Factory - que começou em 2014, quando eu tinha 19 anos. Meus pais me auxiliam muito, mas tudo dentro da marca é de responsabilidade minha. Tive que lidar com questões burocráticas, fornecedores, vencer meus medos, minha timidez (sou muito tímida!) e acreditar muito naquilo que eu queria. Muitas vezes pensei em desistir e sempre apareciam pessoas que não acreditavam no meu trabalho, mas fui lidando com tudo isso! Hoje em dia vejo o quanto a marca me fez amadurecer e acreditar mais em mim."

"Minha carreira como consultora de estilo começou há cinco anos. Logo no início eu entendi que podia olhar pra ela de dois jeitos: ser uma prestadora de serviço ou uma empresa. Sempre tratei meu negócio como empresa, sempre pensei como marca. Sinceramente, acho que isso fez toda a diferença. É muito difícil vender serviço, é sempre você falando de você mesma, né? Mas quando você entende que você não é só pessoa física, mas também pessoa jurídica, fica mais fácil. É pensar, estudar, falar e trabalhar para construir uma marca, e todas as marcas são compostas por pessoas. Minha dica é: pense como negócio, trate como negócio. Eu, pessoalmente, só faço o que eu gosto, do jeito que eu acredito. Mas eu penso, sim, que meu negócio precisa ser rentável, precisa se pagar e precisa me pagar. Não tem pensamento mágico por aqui."

"Há uns cinco anos eu comecei a me questionar sobre minha forma de consumir e sobre os impactos que eu causava no meio ambiente. Na época eu trabalhava no mercado tradicional de moda e era super consumista, mas percebi que não era feliz da maneira como eu vivia e meu estilo começou a mudar. Foi quando tive a ideia de fazer um bazar - que é a primeira alternativa que aparece pra quem quer desapegar. A princípio era para ser um bazar normal, mas acabou se tornando um grande case de colaboratividade, com amigas que também trabalhavam com moda e queriam participar. O D.A.M.N nunca precisou de grandes investimentos pra ser criado e tudo sempre foi feito com base na troca de trabalhos e na colaboração de amigos que ofereciam ajudas que eu precisava em troca de algo que eu pudesse fazer por eles. Além disso, eu sempre trabalhei com projetos sociais, então resolvi destinar uma parte das vendas para eles. Foi aí que surgiram algumas das meninas que nós chamamos de "top closets" querendo participar, como a Alinne Moraes, Thaila Ayala, Carol Ribeiro e Fernanda Tavares - o que ajudou muito a gerar visibilidade. Elas começaram a me doar peças e eu revertia as vendas para projetos sociais. Ou seja, o D.A.M.N cresceu quase organicamente e eu confesso que não esperava que fizesse tanto sucesso quanto fez logo na primeira edição - na qual tinha meninas de outras cidades esperando na fila pra comprar as peças das meninas mais famosas. Junto disso, eu já vinha pesquisando sobre moda sustentável no Brasil - que há cinco anos era ainda menos explorado do que é hoje. Então tudo foi caminhando em paralelo para que desse certo: nós tínhamos uma curadoria muito boa, peças muito legais por um preço baixo e a questão do consumo consciente tava começando a surgir. Minhas sócias da época também foram essenciais para o projeto - nós fomos amadurecendo as ideias de acordo com o mercado e percebemos que era um nicho mal explorado. Eu comecei a fazer cursos, aprender mais sobre o assunto e decidi largar tudo para tocar o negócio. Ao longo desses anos ele foi crescendo. Em 2017 inauguramos o HUB, que é um espaço para a venda de marcas que não geram impactos socioambientais muito grandes. Hoje nós enxergamos o D.A.M.N como um movimento que atua em diversas frentes - continuamos realizando os eventos, fazemos rodas de conversas, damos palestras, estamos com projetos especiais e assinamos coleções com menos impacto. Acredito que hoje em dia, pra criar uma empresa, é necessário se preocupar em gerar impacto positivo, seja ele social ou ambiental, além de lucro. Precisamos repensar os modelos de negócios porque os jovens estão cada vez mais engajados na mudança. Sem contar que não tem nada mais prazeroso do que fazer algo em que você acredita e que reflete positivamente na sociedade. Fora isso, uma questão importantíssima é a gestão financeira. Pra empresa ser saudável, é necessário ter um controle disso e não se deixar levar apenas pela área da criação e esquecer do que realmente faz o negócio ser rentável. Mas isso tudo eu aprendi sozinha, quebrando a cara e encarando todos os desafios."

"Sou formada em Comunicação Social - com foco em Marketing e Propaganda - e sempre trabalhei com comunicação. Logo antes de abrir a Nuasis, eu era sócia de uma agência de comunicação na qual era responsável pelo planejamento estratégico dos projetos. Me cansei um pouco do ritmo de agência e queria tentar algo novo. Então resolvi arriscar e abrir a Nuasis. Pensei em abrir um sexshop que tivesse um novo olhar sobre o mercado erótico e sexualidade - no fim, que estivesse acompanhando essa transformação, principalmente da mulher. A visão machista do mercado erótico sempre foi uma coisa que me incomodou muito. A ideia surgiu meio do nada e eu fui pesquisar, porque era um mercado com o qual não tinha muita afinidade nem conhecimento. A partir daí surgiram alguns obstáculos, pois como eu queria realmente me distanciar dessa imagem, não conseguia encontrar o mix de produtos ideal e completo para abrir a loja, então fui fazer uma coisa que eu não pretendia fazer, mas achei necessária: desenvolvimento de produto. Desenvolver produto foi uma coisa totalmente nova pra mim, mas tenho certeza que consegui posicionar a marca muito por conta disso, porque era novidade e estava de acordo com o que eu acreditava. E esse obstáculo se tornou um dos maiores diferenciais da marca: ter produtos próprios. Para quem quer seguir os mesmos passos, eu diria: coragem e paciência! Acho que tem dias muito bons e dias piores. Não é fácil ter que dar conta de tudo sozinha, mas é muito compensatório ver um projeto que eu criei e acredito com "vida própria". Acho importante estar atenta e aberta a novas possibilidades, nunca se fechar. Testar, errar, acertar. Pedir ajuda."

Agora que você descobriu essas quatro histórias incríveis, o que está esperando para tomar o fôlego que faltava e começar o seu negócio dos sonhos?

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