Você sabe o que a Nike, Shein e a brasileira Sallve têm em comum? Todas trabalham com o mesmo modelo de negócios, o D2C.
O modelo mais tradicional que conhecemos no varejo é o B2C (business to consumer ou empesa para o consumidor), que é o comércio efetuado diretamente entre a empresa produtora, vendedora ou prestadora de serviços e o consumidor final.
Porém, há menos de 10 anos, um novo modelo de negócios chegou até os consumidores e estamos acompanhando um crescimento expressivo - provavelmente, você ouviu falar em lojas virtuais como Alibaba, AliExpress e Shein. Essas empresas são denominadas D2C (direct to consumer ou direto ao consumidor), estratégia que está se tornando uma opção popular para as marcas e fabricantes de bens de consumo entrarem no mercado diretamente, e não por meio de uma entidade intermediária.
Qual a diferença?
Como foi comentado acima, no modelo D2C, o processo de venda acontece sem intermediários, ou seja, a indústria vende diretamente ao consumidor final - sem transitar por distribuidores ou lojas. A venda é realizada pelo e-commerce e, dessa forma, é possível diminuir parte dos custos e oferecer um valor mais baixo à esse consumidor. Mas não se engane, assim como qualquer outro modelo de negócios, ele possui vantagens e desvantagens.
Prós e Contras do D2C
Uma das grandes vantagens do D2C é que quando um fabricante vende seus produtos por meio de distribuidores ou varejistas ele não pode interferir na forma como será mostrado ao consumidor. Já nesse modelo, o fabricante pode apresentar o próprio produto da maneira que acredita ser a mais atraente.
Outro ponto positivo é a possibilidade de captação de dados dos consumidores, - por estar em contato direto com ele pelo e-commerce - e desenvolver produtos personalizados e mais assertivos a partir dessas informações. Entretanto, a indústria precisará entender sobre mercado, marketing e análise desses dados, visto que esse é um papel que o varejo já executa muito bem.
O principal ponto negativo é justamente sobre isso, porque vender seu produto diretamente para o consumidor exige o desenvolvimento de atendimento a clientes finais e distribuição em menores quantidades, o que pode acabar prejudicando a experiência de compra do cliente, além da própria marca, se não for bem pensado e executado.
Separamos uma lista com os principais pontos que devem ser considerados no momento de transicionar para esse modelo de negócios.
Entenda o seu negócio
Antes de dar o primeiro passo na transição, faça uma análise completa do momento no qual a empresa está, pois é necessário planejar como usar a tecnologia para realizar todos os processos que liguem a marca ao consumidor final. A ideia é saber exatamente o que a empresa precisa para crescer e traçar uma estratégia, antes de se decidir por mudar.
Conheça seus clientes
Não adianta investir em novos modelos para a empresa se você não conhece quem compra os seus produtos. No caso do modelo de negócios D2C, saber o que você pode oferecer ao consumidor é um grande diferencial, afinal, você vai investir na otimização do custo-benefício e será mais fácil que o cliente se sinta confortável em optar pelo o que você está oferecendo, tanto pelo preço, quanto pela experiência de consumo.
Lembre-se de priorizar conteúdos de qualidade
Com a falta de distribuidores e varejista para intermediar as vendas, a melhor opção para conquistar seus clientes é oferecer algo para eles - no caso, conteúdo de qualidade.
Se você gerencia uma marca de roupa, por exemplo, ensinar o consumidor como usar a peça de maneira estilosa convence mais que apenas mostrar o produto.
Sem dúvidas, esse modelo de negócios, quando bem aplicado, é muito benéfico para a empresa, e principalmente, para os consumidores. Afinal, eles têm a possibilidade de encontrar valores mais competitivos, agilidade na produção e entrega desses produtos. Em todo caso, esse modelo D2C ainda tem muito a crescer, mas é inegável que ele representa um futuro do mercado e é interessante acompanhar de perto a evolução.