5 fatos que te farão perder a vergonha de expor seu trabalho em redes sociais
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motivação

5 fatos que te farão perder a vergonha de expor seu trabalho em redes sociais

O dilema da vida moderna: o quanto é seguro compartilhar meu trabalho nas redes sociais? Ser eu mesma, é permitido? E o mais importante: porque é imprescindível sermos justas com nós mesmas?

Cenário que provavelmente você vive, ou conhece uma amiga que passou por isso: tive uma ideia de negócio, me apaixonei, dediquei horas, possivelmente semanas para transformá-la em realidade, mas agora que chegou a hora vender meu serviço, não consigo apertar o botão e compartilhar o post informando ao mundo esse filho que nasceu. Esse negócio pode ser uma loja, mas pode ser um texto como escritora, e até mesmo uma tela que pintou. O ponto é: partiu de você, e agora o mundo todo terá acesso.

E aí bate o medo, desespero, e a vontade de não postar.

Será que meu produto/serviço é bom o suficiente?

Será que, se meu produto/serviço não for bom, isso significa que eu não sou boa?

Se meu produto não é bom, então não sou boa, logo serei ridicularizada?

Será que as pessoas vão me achar boba de abrir um negócio?

Quem penso que sou para fazer isso?

E assim por diante.

Sim, toda essa crueldade por você querer criar algo e trabalhar. Sim, hoje existe vergonha até em vender ou prestar um serviço. Isso mesmo que você leu: não, não estamos falando de vergonha em roubar, e sim em trabalhar. Absurdo? Com certeza. Então, bora mudar e encorajar todos a nosso redor.

 

01)  O medo é um instinto e não uma métrica de qualidade

 Vamos começar do zero, partindo do ponto que o medo vai sempre existir. Uma vez, perguntaram a Fernanda Montenegro quando ela parou de ficar nervosa ao subir no palco, e ela disse “até hoje sinto frio na barriga”. Isso mesmo que você leu: até hoje! E isso ocorre por um motivo simples: nosso cérebro possui uma região chamada de sistema límbico, responsável pelas emoções, motivações, afeto e, claro, o nosso amado medo. Um alerta interno é ativado com qualquer interpretação de possível dano ou perigo para nos preservarmos e reagirmos da maneira mais segura possível. Portanto, a não ser que você nasça sem uma parte do cérebro chamada amigdala (alô, não é a da boca) onde o medo se localiza, você está destinada a ter esse instinto de preservação.

 

 02)  Nossa percepção pessoal direciona nosso medo

 Quando falamos de redes sociais, o nosso medo vai verificar nosso senso de valor pessoal para entender se nossas posturas são confiáveis:

o   Confio em minhas escolhas?

o   Aceito e permito quem sou?

o   Sou boa o suficiente?

o   Essa atividade (postagem e/ou exposição pública) me deixa em uma possível zona de dano?

 Ou seja: o risco é gerado pela sua percepção sobre você mesma. Enquanto acreditar que a única maneira de existir é sendo perfeita em tudo, o medo será acionado por entender que o estado atual não é o ideal para agir.

"Ah, Thaís! Mas o cérebro não entende que essa métrica é um ego nosso?" Não! Um exemplo bem simples: Mesmo sabendo que filmes são apenas filmes, nosso cérebro não separa o que é real e imaginário, por isso sentimos medo, alegria, tristeza, vibramos pelos personagens... Entendeu? Para o cérebro é TUDO real.

 

03)  Não é sobre ser perfeito, é sobre se aceitar

Quando não nos sentimos a vontade em sermos quem somos, a mensagem que chega quando existe a intenção de exposição é: ALERTA! Território de risco, possível dano, somente se manifeste quando atingir as qualidades X, Y e Z..

Quando foi a última vez que você se sentiu confortável em ser exatamente como você é? Hoje? No último mês? Nunca? Na última semana você realizou quantas vezes as ações abaixo?

Se criticar

Se culpar

Se cobrar demais

Ter raiva de si

Se você repetiu uma dessas posturas mais de uma vez ao dia, preste atenção: você está se tratando mal. Simples assim.

O primeiro passo para mudar? Uma análise honesta e gentil de quem você é. Papel e caneta, e anote: habilidades, interesses, sonhos e pontos a desenvolver. Seja justo, sem se comparar. Leia, releia e veja se existe vitimismo ou um pedestal. Pés no chão e aceite. Quando aceitamos quem somos, nos vestimos da nossa própria pele e ela serve. O que era desconforto por nos colocarmos em uma realidade que não era nossa, vira confortável, e nos sentimos no lugar certo. Justo, merecido e transparente, nada além disso.

 

04)  Tome as rédeas do seu sucesso

O que é sucesso para você? Pare e defina como será sua vida quando tiver sucesso.

Opção A: Um lugar legal para morar, grama verdinha, cheiro de café, viver sua missão no trabalho, em um bom relacionamento com você mesma e, se quiser, com umx parceirx?

Opção B: Forbes 30 under 30, Instagram com 1 milhão de seguidores, muitos likes nas fotos e presentes de lojas e um corpo dos sonhos.

Qual a primeira referência que veio em sua mente? Existe certo ou errado? Não. Cada um tem sua métrica pessoal e liberdade é podermos defini-la como bem entendermos. Mas existe um ponto importante a ser notado: a opção A depende 100% de você. Na opção B, depende 80% dos outros: seja o editor da lista 30 under 30, os seguidores, lojistas. Qual a maior chance de se frustrar? A ou B?           

Independente da sua escolha, entenda que o seu sucesso pessoal deve depender de você e ser alinhado aos seus sonhos, jamais a ideais impostas pela mídia. Quanto mais damos as rédeas ao próximo, mais o nosso senso de valor pessoal é posto a prova.

 

05)  Fica tranquila, não está todo mundo te olhando

Quando nosso ego está ativado, ele fala com uma parte da nossa criança interna que acredita que os movimentos do mundo são feitos ao nosso redor. A criança acha que o pai é apenas pai, e a mãe é apenas mãe. Ela não entende que a mãe é funcionária, esposa, amiga, filha.... Não entende que o mundo vai além dela.

O mesmo acontece em situações que acreditamos sermos o foco dos outros: começamos a achar que todos os posts são para nós, todos os olhares em nossa direção e todas as risadas são da nossa cara.

Fato chocante do dia: não são. Simples assim.

Portanto, coloque sua luz no mundo e entenda: alguém ai fora precisa exatamente do que você tem a oferecer. A corrente começa em você, e vai além.

Plantar em si para colher no mundo, hoje e sempre.

 

Thaís Roque é mãe, administradora, coach e apaixonada pela escrita. Após se formar em administração e trabalhar 8 anos em multinacionais como Nestlé, Pão de Açúcar, Cruz Vermelha, Accenture e Symantec, entendeu que sua missão é orientar e apoiar mulheres que querem, além de sucesso, mudar o mundo ao seu redor. Foi para Nova York, onde se estudou Coaching e Gerenciamento de Negócios de 2009 a 2011 e desde então atua como coach. Em 2015 criou a #MeuPropósito, uma plataforma feita para apoiar mulheres a levarem a jornada do empreendedorismo e da carreira de um jeito mais leve através de vídeos, textos e cursos a um valor acessível para quem está começando a trilhar o caminho do empreendedorismo. Atende também individualmente como coach e consultora em seu escritório presencialmente ou online.

Site: www.thaisroque.com.br

Instagram: @meuproposito.com.br

 

 

THAÍS ROQUE

THAÍS
  ROQUE

Mãe , escritora e administradora, com especialização em gerenciamento de negócios e coaching pela New York University, trabalhou oito anos em multinacionais como Nestlé, Pão de Açúcar, Accenture e Symantec, até entender que seu papel era fora das organizações. Hoje, tem uma consultoria que ajuda mulheres com o espírito empreendedor a ressignificarem seu relacionamento com o trabalho, através de transição de carreira, abertura de novas empresas ou ao encontrar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

@thaisroque

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