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5 caminhos para viver no exterior
foto: Reprodução/Pinterest
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5 caminhos para viver no exterior

Viver experiências no exterior já foi considerado um privilégio de poucos, mas hoje é muito mais acessível. São inúmeros os caminhos para quem quer explorar novas possibilidades, ambientes e culturas.

No entanto, ainda existem várias dúvidas sobre a melhor forma de fazer isso. Às vezes, a informação não é clara ou então está concentrada e não chega a todos os interessados.

Nesse processo, comprar a passagem é só uma pequena parte da viagem.

Especialmente quando o objetivo não é turismo, a sustentabilidade de permanecer no país de escolha vai depender de fatores externos. Mas, calma: eles podem ser planejados desde já.

Fizemos uma lista com as cinco principais formas de viver no exterior - começando pelas que você provavelmente já tem em mente (existem muitas outras, dá um google aí).

 

1) Estudar no exterior 

É comum, principalmente pra quem já passou algum tempo trabalhando formalmente, querer voltar a estudar e começar a olhar pra fora. Especialmente para quem tem familiaridade com outras línguas, a ideia de aprender algo novo vivendo uma cultura diferente e convivendo com pessoas do mundo todo é quase um sonho.

Isso facilita a burocracia da imigração, te insere num grupo de potenciais amizades logo de cara e ainda, vamos combinar, é bonito de contar para a família e os amigos. Acontece que mestrados e MBAs são relevantes quando são escolhidos pelos motivos certos. Quando o objetivo é de fato aprender algo que se encaixa nos seus planos ou mergulhar em temas que te aproximem de quem quer ser.

E um exercício fácil para saber se esse é o caso, é refletir sobre o que veio primeiro: a vontade de estudar ou de viajar. Caso a ideia já esteja aí por muito tempo e não dê mais pra separar, lembra das primeiras opções consideradas.

Se era mais algo do tipo:

A. um curso

B. uma pós

C. um mestrado

Ou se mais se pareciam com 

D. um mestrado em Nova York 

E. um MBA em Londres 

F. uma especialização em Sidney

Se você pensou primeiro nas opções (A-C), vai fundo! Combinar isso com vivências internacionais vai deixar tudo mais incrível ainda e a bagagem de experiência e conhecimento vai voltar bem cheia! Mas, se o que você pensava inicialmente se parecia mais com as opções (D-F), talvez seja legal pensar em outras formas de viajar até que estudar seja realmente uma prioridade!

 

2) Fazer trabalho voluntário em outros países

Para quem está saindo da faculdade (graduação, pós ou qualquer outra coisa), quem ainda não sabe qual tema aprofundar ou quer simplesmente agregar experiências (inclusive para aplicar para um mestrado no futuro): dá para imergir numa nova cultura, conhecer pessoas incríveis e ainda ajudar os outros em um só pacote.

Trabalhar de forma voluntária é uma experiência prática que exercita habilidades essenciais de mercado atual como empatia, gerenciamento de tempo, relações pessoais, solução criativa de problemas e improvisação.

Ainda alinha tudo isso ao propósito do impacto positivo de uma forma explícita, em contato direto com os beneficiários - sejam eles organizações sociais, animais de rua ou pessoas em situação de vulnerabilidade.

A AIESEC, que já providenciou mais de 230 mil experiências em 126 países, é a prova de que essa troca cria líderes mais conscientes e preparados. Algumas organizações, como a Volunteer Vacations e a Impact House (em Portugal), apostam em incluir voluntariado mesmo em viagens de turismo - com certeza há outras misturas que também podem funcionar.

 

3) Viajar com baixo custo e se inserir em uma comunidade local 

Sabemos que viajar é um investimento: em conhecimento, experiência, programas específicos ou períodos de (merecido) descanso. Mas e se ainda não temos a grana certa para investir?

Há alternativas interessantes e que não exigem um porquinho tão cheio. Existem plataformas que te conectam com a possibilidade de trocar algumas horas de trabalho por dia, por hospedagem e alimentação, o que já reduz consideravelmente os custos de viagem, sem falar que algumas opções ainda pagam. E não é qualquer trabalho não, viu?! São experiências únicas! Ajudar a construir um castelo na França, cuidar de cavalos na Islândia, ser parte da tripulação de um barco na Croácia, são algumas das oportunidades, além das opções mais "tradicionais" como atendimento em hostels, cuidar de crianças, dar aula de línguas...

Dois grandes nomes conhecidos são o Workaway e o Worldpackers. Eles promovem voluntariado, intercâmbio em casas de famílias, fazendas e hostels, trabalho de férias, acesso à eco-projetos, aprendizado de línguas e intercâmbio cultural.

Com maior mobilidade e escala global, essas oportunidades estão cada vez mais disponíveis mesmo em lugares menos convencionais. São oportunidades que se ajustam à disponibilidade de tempo e habilidades de cada um. O melhor é que eles adequam a agenda dos funcionários às necessidades dos empregadores.

Escolher os turnos e estabelecimentos é uma forma prática de manter na rotina as manhãs de surf, as viagens frequentes e os rituais criativos. Além disso, o esforço é pontual: não exige muita experiência prévia, certificações ou uma rede de contatos. A presença, leveza de espírito e bom contato com equipes e clientes garante uma experiência única e liberdade para preencher os dias com o que mais te faz bem.

 

4) Viajar enquanto trabalha - Trabalho Remoto

Trabalhadores independentes vêm ficando mais populares com o crescimento da “economia de bicos” (ou gig economy). A diferença aqui é que os projetos estão intrinsecamente ligados às habilidades individuais do profissional, que fica mais dependente de um portfólio organizado, boa reputação e ampla rede de contatos.

Existem vários sites e cursos para quem quer fazer a transição e ganhar mais liberdade com atividades que, muitas vezes, já realiza. Outro termo que entrou na moda é o “nômade digital”, que representa o estilo de vida daqueles que trabalham por si, como e de onde quiserem.

Os freelancers são responsáveis em construir sua rede de clientes, fortalecer sua marca e constantemente buscar novos projetos. Há muitas plataformas que ligam profissionais independentes a empresas ou indivíduos que buscam esses serviços – os mais conhecidos sendo na área criativa (como comunicação), tecnologia (programação) e consultoria (de diferentes ramos). As redes sociais facilitaram a criação de uma comunidade, mas é a relevância do conteúdo que transforma curiosos em consumidores.

A instabilidade é um dos aspectos mais assustadores da independência, não há benefícios de funcionários e nem renda garantida. O outro lado da moeda é a liberdade: só prestamos contas a nós mesmos – e às vezes descobrimos que isso não significa menos pressão (ou cobranças).

 

5) Liberdade profissional significa carreiras sem amarras

Mudar é sempre um desafio e respeitamos profundamente quem se engaja em qualquer dessas opções para estruturar a vida em outro país: mas quando falamos em liberdade profissional é pensando em construir carreiras sem amarras. Isso significa que, independente da atividade, existe um caminho sendo construído e todos os esforços nos aproximam do que a gente vê como sucesso, ou objetivo.

Viver essas experiências no exterior possibilita adquirir novas perspectivas e desmistificar ideias pré-concebidas ou que foram romantizadas para nós, seja pela mídia, família ou sociedade como um todo. É transformar a motivação da escolha do nosso caminho. Se algum dia ela aconteceu pela busca de um status ou da expectativa de outros, que depois dessas experiências ela seja movida por propósito e identificação. Independentemente do lugar, é isso que nos faz sentir realizados e relevantes.

Essa mentalidade exige um conhecimento prévio de si (valores e motivações) e um entendimento do caminho – para que a rotina seja preenchida apenas por aquilo que tem uma razão de estar ali.

Os formatos possíveis são vários e podem ser combinados e alternados ao longo do tempo para potencializar experiências e aprendizados. Independentemente do meio (trabalhando remotamente, realizando projetos, contribuindo para uma organização ou empreendendo), o importante é que exista uma construção e que cada passo seja consciente.

São escolhas ativas que energizam e tornam todo o investimento de tempo e energia peças chaves do nosso próprio quebra cabeça, para a construção do seu caminho único.

 

 

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